REVISÃO ACT ALTICE EXPECTATIVAS vs PROPOSTAS |
6ª Reunião de Negociações Salariais
Decorreu a 25 de Janeiro, mais uma reunião do processo de revisão do ACT, sendo que a Altice, manteve a proposta apresentada na anterior Reunião, de dia 20 de Janeiro, que em termos gerais se traduz nas seguintes rubricas:
- Vencimento Base mínimo a ser praticado na Altice: 820€
- Valores dos aumentos:
- Vencimentos Base até 1.300€ - aumento de 2,5%
- Vencimentos entre 1.300€ e 2.300€ - aumento de 1,5%
- Vencimentos acima de 2.300€ - aumento de 1%
- Subsídio de refeição, aumento de 0,07€ (sete cêntimos!), passando de 8,25€ para 8,32€
- Compromisso de 250 movimentos de evolução salarial (sendo que 100 serão para trabalhadores sem evolução salarial há 3 ou mais anos), com mínimo de 5% no Vencimento
- Atribuição do dobro do Prémio de Aposentação até 21/12/2024
Assim constatamos que a Altice, face a uma da taxa de inflação verificada em 2022 de 7,81%, e um acréscimo no custo do Cabaz de bens básicos de 21%, responde às necessidades dos seus trabalhadores, com aumentos entre 1% e 2,5%!! Infelizmente fica aqui bem demonstrada, uma vez mais, a consideração, respeito e valorização que o Grupo Altice tem para com os seus trabalhadores em Portugal, deixando que os mesmos sejam confrontados com um enorme decréscimo no seu poder real de compra, que no caso dos trabalhadores com vencimentos mais baixos, os deixará em risco de carências ao nível dos bens mais essenciais, pois além destes aumentos, também os valores dos empréstimos e rendas de habitação, tiveram subidas tremendas. Não esquecendo ainda o que os trabalhadores da Altice e as suas famílias viram ainda a sua condição financeira agravada com os aumentos unilaterais injustamente aplicados pela Altice nos Planos de Saúde da ACS (aumento das quotas e diminuição das comparticipações). Entretanto TENSIQ, SINDETELCO e SICOMP, fizeram uma contraproposta, conscientes da importância dos aumentos para todos os Trabalhadores, mas nem com a revisão em baixa da mesma, as propostas da Altice conseguem chegar a valores que sejam minimamente razoáveis e aceitáveis pelos Trabalhadores, que todos os dias dão o seu melhor para que a Altice continue a apresentar os resultados amplamente positivos, que são do conhecimento geral, e consolidar-se como a maior empresa do sector. A contraproposta destes Sindicatos apresentada na anterior Reunião, tinha como principais reivindicações: - Vencimento Base mínimo a ser praticado na Altice: 850€
- Valores dos aumentos:
- Vencimentos Base até 1.500€ - aumento de 7,5%
- Vencimentos entre 1.501€ e 2.500€ - aumento de 6,5%
- Vencimentos acima de 2.501€ - aumento de 6%
- Com um aumento mínimo de 60€ por vencimento base
Também no que se refere à abrangência destes aumentos, o TENSIQ, SINDETELCO e SICOMP, não esquecem que os trabalhadores em SCT e PR, têm de ser abrangidos, pois foram trabalhadores que durante uma vida deram o seu melhor à empresa e que não podem por isso ser agora esquecidos, uma vez que além de sentirem o efeito da escalada geral de preços, têm a sua situação agravada por não beneficiarem dos seus vencimentos por inteiro. Relembramos que desde que a ALTICE tomou conta da Gestão da Empresa, em sete anos, os Trabalhadores apenas tiveram pequenos aumentos nos vencimentos, só por duas vezes, em 2018 e 2022, que somados, para a maioria dos trabalhadores, não chegou aos € 30,00, perdendo poder de compra todos os anos. Em resumo, por mais vontade que exista do lado dos Sindicatos em fazer propostas inovadoras, de forma que seja possível chegar a Acordo com a Altice, a mesma, apresenta repetidamente propostas extremamente reduzidas e claramente insuficientes, para satisfazer minimamente as necessidades dos seus Trabalhadores, e dignificar o Trabalho. O TENSIQ, SINDETELCO e SICOMP, irão estar unidos, continuando a lutar pela dignificação de quem trabalha, com compensações justas e ajustadas à realidade que todos vivemos. Próximas sessões negociais já agendadas, com o acordo de todos os Sindicatos, para dias 6 (à tarde) e 10 (de manhã) de Fevereiro. Um trabalhador da ALTICE Portugal não pode estar a prestar o seu trabalho com eficiência e produtividade, e ao mesmo tempo estar a pensar como fazer face às despesas de casa, comida e deslocações, e como regularizar os compromissos do fim do mês, com renda, luz, gaz, água, escola dos filhos. Lisboa, 25 de Janeiro de 2023 |